Como o município de São Luiz Gonzaga está se preparando para agir contra a dengue após cenário de epidemia ocorrido no início do ano
A cidade de São Luiz Gonzaga presenciou um clima de tensão no início deste ano. A causa: dengue. Em fevereiro, o município ganhou destaque em nível estadual quando dois de seus moradores foram diagnosticados com dengue, sendo a primeira cidade do estado no ano a apresentar casos de pessoas que contraíram a doença.
Estado de sítio - Nos meses seguintes, o Poder Público e os órgãos ligados à Saúde no município realizaram diversas ações no intuito de controlar a epidemia e combater os focos do mosquito Aedes aegypti. Foi criado o Gabinete de Crise de Combate à Dengue, em conjunto com o Comitê de Combate à Dengue, já existente no município. As reuniões semanais do Gabinete e do Comitê informavam a população sobre os avanços das ações e a situação dos casos notificados.
Também foi usado inseticidas em diversas residências pertencentes a quarteirões notificados com focos do mosquito. Além disso, o exército auxiliou no trabalho de combate à dengue, visitavam cada casa no intuito de orientar os moradores a eliminar possíveis fontes de proliferação do inseto.
Enfim, o controle da dengue – Na metade do ano foi divulgado que a dengue estava controlada no município, com mais de 90 casos notificados e 11 casos confirmados da doença, sendo, destes, dois autóctones (quando a doença é contraída fora do município) e nenhum óbito.
Agora, com a chegada do clima quente, novamente o assunto retorna à pauta no município. No entanto, segundo o presidente do Comitê de Combate à Dengue, Antônio Sérgio Pacheco, “o trabalho contra o Aedes aegypti continuou durante todo o ano, mesmo em períodos frios, pois, de certa forma, o mosquito sobrevive, devido às oscilações de temperatura presenciadas neste período”.
O trabalho continua – O Comitê segue estudando formas de controlar os focos do mosquito, contabilizados, desde o início do ano em 664 focos. No entanto, os órgãos ligados à Saúde estão enfrentando dificuldades em obter recursos junto à Secretaria Estadual da Saúde. De acordo com Pacheco, foram elaborados documentos solicitando ao secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, o repasse de recursos para manter o serviço e aumentar as contratações de agentes de forma a atender às exigências do Estado, que enfatiza o número mínimo de 14 agentes em municípios da mesma proporção de São Luiz Gonzaga. Atualmente, o município conta com oito agentes da Secretaria de Saúde local incumbidos de visitar residências e notificar e eliminar focos do Aedes aegypti.
Aprendendo a lição no combate à dengue
Embora São Luiz Gonzaga tenha presenciado um cenário de apreensão na primeira metade do ano, Pacheco salienta que “aprendemos com a experiência”. Para ele, “todo o trabalho desenvolvido, muitas vezes, às pressas, em razão da urgência da situação, permitiu que avaliássemos a melhor maneira de empreender ações visando ao controle da doença. Como agora, os recursos foram mínimos durante o período de crise; então, iremos procurar trabalhar de forma objetiva no combate à dengue neste novo período que agora chega, com o advento do verão”, ressaltou.
Cooperação - Como forma de contribuição no trabalho dos agentes de campo, o Comitê espera a ajuda dos moradores do município com atitudes que possam ser desenvolvidas no controle da proliferação do mosquito, e, consequentemente, da doença. Para isso, a comunidade precisa estar atenta a todas as informações veiculadas pelos órgãos de imprensa quanto à questão da dengue, e, principalmente, fazer a sua parte: “Se cada um desenvolver, na sua rotina, atitudes como evitar deixar garrafas, pneus e potes jogados ao ar livre, e mantiver seus quintais limpos, a batalha contra o mosquito poderá ser facilitada para os agentes de saúde”, ressalta.
Desde novembro as ações contra a dengue estão intensificadas no município, devendo ser amplamente divulgadas pelos veículos de comunicação como forma de conscientizar e mobilizar a comunidade são-luizense no combate ao mosquito Aedes aegypti.
Previna-se
- Evite água parada em potes, garrafas, pneus etc;
- Esvazie e escove paredes internas de recipientes que acondicionam água;
- Tampe caixas de água, cisternas tambores e barris com água;
- Fure ou elimine pneus velhos;
- Guarde garrafas com os bicos para baixo, para não reter água;
- Limpe sempre as calhas de telhados e de marquises, não permitindo o acúmulo de água;
- Use desinfetantes e água sanitária em ralos e na limpeza geral;
- Quando houver riscos de transmissão, use sempre o repelente.
Por Emerson Scheis



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