quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O município de Chiapetta vai recuperar uma área da nascente de rio que está localizada dentro da área urbana, na Vila Rosa.
O Rio Bento, que tem sua nascente na Vila Rosa, atualmente está ameaçado em função de grandes volumes de lixos que são descartados no leito do rio pelos próprios moradores. O Rio Bento é afluente do Rio Buricá e este parte das Bacias Hidrográficas do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
O local da nascente foi urbanizado de modo irregular e é considerado local de risco por tratar-se de uma encosta. Para tanto, a Prefeitura Municipal iniciou o isolamento do local para que não haja construção de novas moradias. Por outro lado, existe a preocupação que o local é Área de Preservação Permanente, as chamadas APPs.
Pequenos municípios com ações de Metrópoles O município de Chiapetta possui uma área territorial rural de 397 km². Para que haja todo o acompanhamento pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente desse espaço é necessário um trabalho integrado. Assim a Secretaria busca trabalhar o tema “Educação Ambiental” junto às escolas, realizando palestras e oficinas. Com apoio da EMATER, também realiza ações junto aos agricultores. A secretaria Municipal de Meio Ambiente realiza campanhas de distribuição de mudas de árvores nativas para a recuperação da mata ciliar de rios e nascentes. O município está apto ao licenciamento ambiental. Neste sentido trabalha junto aos agricultores no momento do licenciamento, sendo que as licenças ambientais são emitidas com restrições. Trabalha fortemente na recuperação de áreas degradadas e no isolamento de APPs, como é o caso do espaço da Vila Rosa.
O município também, monitora questões de contaminação ambiental pela suinocultura, bovinocultura de leite e agrotóxicos, além de implantar a coleta seletiva de lixo urbano e rural. Quanto à coleta seletiva do lixo em áreas rurais, há uma parceria com as empresas que vendem produtos veterinários, para que estas recebam as embalagens vazias de produtos que ofereçam algum risco de contaminação para o meio ambiente e para os rios. Todas as atividades potencialmente poluidoras necessitam de licenciamento e são monitoradas.
João Carlos Antenoff , engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente destaca que mesmo cidades com população pequena, também possuem os mesmos problemas ambientais de uma metrópole, só que estes são um pouco mais fácil de resolver comparados aos de uma cidade grande.

Para onde vão as trezentas pessoas que moram na Vila Rosa? A prefeitura encaminhou um projeto junto ao Ministério das Cidades, e após um período de encaminhamentos, houve a liberação de recursos. Assim, serão investidos um valor aproximado de 5 milhões de reais para realocar os moradores e recuperar a área e a nascente do Rio Bento. Os moradores serão realocados em um espaço de quatro hectares, onde serão construídas as moradias. O projeto completo vai contar com cem novas casas, com espaço para praça, com pavilhão, quadra de esportes e praça de brinquedos.
Até o momento, houve a liberação do recurso e a assinatura do contrato por parte da Prefeitura Municipal junto a Caixa Econômica Federal, Agência de Passo Fundo. O espaço que será destinado para a construção das casas está em fase de aterramento.

Por Marizandra Ruttili
Edição Daniele dos Santos


O processo de transformação do Parque da Pedreira, no município de Ijuí, exige que seja realizado um processo de limpeza da água. Para isso, os profissionais da Secretaria de Meio Ambiente fizeram uma análise das condições da água. “O diagnóstico envolve a questão da poluição da água, como o lixo que foi depositado em grande quantidade no local”, afirmou o engenheiro ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Dirlei Marchesan.
Conforme o engenheiro ambiental, o projeto inicial do Parque da Pedreira foi realizado a partir de uma análise de diferentes materiais, como o lodo, para verificar a existência de contaminação de metais pesados na água. Porém esse é um processo que ainda está em fase de conclusão. “Mas é uma possibilidade. Em função de resíduos que pararam naquele local e aterros que foram realizados no lago como materiais e entulhos que podem ocasionar a contaminação da água. Dependendo dessa análise, será realizada uma recuperação focada na área de maior risco”, comentou.

Ele explica que o foco da recuperação atualmente é na remoção dos resíduos que contaminam o lago e o circuito no entorno do arroio Moinho, o que acaba mobilizando um trabalho elaborado no projeto de recuperação ambiental. “A outra parte é retirar todas as entradas de esgotos que estão dentro do lago e manter o monitoramento. Após a retirada dos resíduos e do esgoto, se o laudo apontar metais pesados, haverá um projeto diferente de recuperação”, disse. Deste modo, enquanto não forem realizadas as análises necessárias, o uso das águas do lago será retido apenas como instrumento paisagístico, não sendo recomendada nenhuma atividade aquática ou de lazer que tenham contato com a água.

Por Talita Mazzola
Edição Andressa Streicher

A água é definida por muitos nutricionistas como um elemento vital, por ser um componente essencial de todos os tecidos do organismo. Caso o corpo humano perda 20% de água, pode não resistir e chegar à morte, e a perda de 10% pode causar distúrbios graves.

Segundo a nutricionista Josiele Oliveira de São Luiz Gonzaga, quando o corpo está bem hidratado há um funcionamento melhor, assim como sua aparência. Entre as várias funções da água no organismo, está o trabalho

Josiele destaca que a quantidade ideal de ingestão de água é de 35 ml por kg no dia. No entanto está quantidade depende da temperatura, do estado fisiológico e da saúde. “Para poder atingir essa necessidade diária de líquidos, o ideal é beber água. Pois a hidratação feita com água é mais rápida e não tem calorias. Além da água, podem tomar sucos; chás sem cafeína e água de coco”, aponta. junto com fibras; a melhora do trânsito intestinal; a eliminação de toxinas (impedindo que o acúmulo delas reflita na pele) e o favorecimento da absorção dos nutrientes necessários.

Durante atividades físicas, a água também deve estar presente. Em atividades aeróbicas de baixa intensidade a hidratação pode ser feita com até 50 minutos de exercícios. Após esse tempo, o mais indicado são bebidas com carboidratos e eletrólitos. Recomenda-se de 150 a 250 ml a cada 15 ou 20 min.

A nutricionista enfatiza que em situações em que a pessoa se encontre com infecção, gestação, lactação e constipação intestinal, é necessária uma ingestão maior de água. Os sintomas de desidratação podem ser percebidos na pele, como falta de elasticidade, aspecto envelhecido, nervosismo, falta de concentração, dor de cabeça, entre outros.

Por Katiúze Nonemacher
Edição Deisi Fabrim

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


Fundada em junho de 1997, a Arpa-Fiúza (Associação de Recuperação e Preservação Ambiental Rio Fiúza) é uma organização não-governamental de Panambi que luta pelo meio ambiente.
A entidade se engaja por melhorias na atenção dispensada ao rio Fiúza, mas se envolve em outras questões, como o lixo e as Áreas de Preservação Permanente (APPs).


O rio Fiúza banha Panambi, e é o único utilizado para o fornecimento de água à população. Qual é a atual situação do rio?

Nosso rio Fiúza ainda goza de razoável saúde, qualitativa e quantitativamente. A poluição industrial não é significativa. Mas o esgoto doméstico é a maior ameaça à integridade da massa hídrica. O rio tem pouca água devido a banhados e nascentes desprotegidos ou até drenados. O sistema de plantio direto na palha tem contribuído para diminuir o problema da lixiviação – que acontece quando detritos terrosos, nutrientes e até defensivos agrícolas vão para os rios em dias de chuva.


Na avaliação da Arpa, o quadro atual do rio Fiúza é o adequado?

O rio tem segmentos distintos no seu conteúdo. Antes da cidade, é um rio quase totalmente livre de elementos sugadores da vazão que alimentam pivôs de irrigação. Até agora a vazão atende ao abastecimento urbano, sim. Neste trecho do percurso, em muitos pontos, o rio recebe dose cavalar de esgotos domésticos. A solução está na construção de uma estação de tratamento de esgoto (ETE), cuja autorização a Prefeitura de Panambi está outorgando à Corsan.


Qual é a principal luta da Arpa-Fiúza?

A Arpa-Fiúza, por meio de suas atividades, trabalha para conscientizar a comunidade sobre as questões do meio ambiente e da defesa dele. Essa modificação de consciência é lenta e tem também o propósito de alcançar as muitas pessoas que têm pendor favorável ao meio ambiente, para se dispor a arregaçar as mangas e juntar-se aos associados atuantes. O que nos preocupa é o pensamento dos produtores rurais quanto a algumas questões de reserva de parte da propriedade para fins legais: Reserva Legal no Código Florestal Brasileiro, APPs e proteção de nascentes e banhados.


Além da questão da água, da questão do rio Fiúza, quais são os outros engajamentos da entidade em relação ao meio ambiente?

Uma luta externa considerável é a questão do lixo urbano. O lixão tem merecido da Arpa e do Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA) uma atenção especial, sendo alvo de visitas periódicas, e temos emitido relatórios que são distribuídos à Prefeitura, ao Ministério Público (MP) e à Câmara de Vereadores. O MP tem se valido desses documentos para exigir ações do poder público. A Arpa é parceira do CMMA em diversos empreendimentos: discussão do Plano de Arborização Urbana, Plano de Saneamento Básico, Recuperação do Lixão da BR-158, além do lixão atual.


Há quanto tempo esses planos começaram a ser desenvolvidos e qual é o estágio atual deles? Hoje, qual é a perspectiva de que sejam executados?

O Plano de Arborização foi feito em 2011, e ainda não saiu do papel. O Plano de Saneamento foi começado em 2010, e ainda está infindo. A estação de tratamento de esgoto faz, ou fará, parte. Quanto ao lixão da BR-158, a Prefeitura tinha o compromisso com o Ministério Público de recuperar a área do antigo lixão. Fez uma parte do serviço, onde a Arpa cobriu com plantio de mudas.


A Arpa-Fiúza, mesmo sem ser uma entidade focada na fiscalização, realiza visitas a Áreas de Preservação Permanente (APPs) para verificar a situação delas?

A Arpa-Fiúza não exerce fiscalização, que é uma atribuição pública, mas auxilia o poder que solicitar. Por exemplo: o MP solicitou ajuda para visitas técnicas às APPs que foram plantadas dentro do programa Fiúza Verde, de recomposição da mata ciliar nas margens do rio Fiúza. Às vezes ocorre de cidadãos perceberem um ato estranho de alguém que está derrubando uma árvore e nos avisarem esperando que tomemos providências. Vamos verificar se há algum delito e comunicamos ao Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura ou à Patrulha Ambiental da Brigada Militar.


Nesse sentido, a Arpa já fez a denúncia de pessoas físicas, a órgãos judiciais, por eventuais descumprimentos de lei na questão ambiental?

Sim, várias. Houve o caso de um cidadão que descascou um umbu que está na via pública, com a intenção de matar a árvore. Ele foi autuado e multado pelo Ministério Público. Fomos informados de que alguém estava desmatando uma área de banhado e a drenando com a intenção de plantar. Oficiamos ao Ministério Público, que tomou as providências legais.


De que maneira a Arpa-Fiúza busca mobilizar a população a se engajar nas ações da entidade?

A Arpa faz muitas atividades que a colocam na vitrine diante da população: mutirão de limpeza do rio, mutirão de limpeza da BR-158, parceria em congressos sobre questões ambientais… Isso nos granjeou um conceito muito positivo na comunidade. Se for feita uma enquete na cidade, uma grande parcela dirá que sabe ou conhece a Arpa e aprova suas realizações.

Por Murian Cesca

Edição Gislaine Windmoller


Ainda não há uma data definida, mas Panambi deverá ter uma estação de tratamento de esgoto da Companhia Riograndense de Saneamento - Corsan. A instalação desse serviço é uma exigência do prefeito do município, Miguel Schmitt-Prym, no contrato de renovação da concessão de serviços públicos de água, firmado com a estatal gaúcha.

Depois de meses de negociação, o contrato válido por 25 anos, foi assinado no dia 12 de setembro, em Porto Alegre. “A empresa continua com a concessão da distribuição de águas e agrega aos seus serviços, a partir de agora, a obrigatoriedade de implementar a rede de esgotamento sanitário em Panambi”, afirmou o prefeito, em nota distribuída à imprensa, no mesmo dia da assinatura do contrato.

Relatório explica e destinação do esgoto – Situação antiga, a falta de um tratamento, adequado ao esgoto produzido no município, foi abordada em um relatório técnico de 2009, que tem detalhes da destinação dada ao esgotamento sanitário na cidade. Em abril daquele ano, quatro meses depois de Miguel assumir a administração municipal, a Prefeitura recebeu o relatório técnico final do chamado Plano de Saneamento Básico Municipal (PSBM). O relatório foi elaborado pela empresa de consultoria NeoCorp Ltda., de Porto Alegre, que foi contratada para o trabalho. No relatório, que pode ser lido na íntegra no *site da Prefeitura, um trecho indica: “A cidade de Panambi não conta com um sistema de esgotamento sanitário, sendo utilizada na maioria dos casos fossa séptica conectada à rede pluvial que lança as águas servidas no rio Fiúza e no Arroio Moinho, que atravessam o município”.

Os dados seguintes, presentes no relatório, são do ano 2000, mas conseguem apresentar uma ideia geral da destinação do esgoto: naquele ano a população era de 38.035, havendo 9.746 domicílios. Desses domicílios, o esgoto era destinado a uma fossa rudimentar em 7.211 dos casos, a uma fossa séptica em 1.580; a um rio ou lago em 558 domicílios; a uma rede geral de esgoto ou pluvial em 169; a outro escoadouro em 133 e 95 domicílios não tinham banheiro nem sanitário.

Benefícios com a estação de tratamento – Uma estação de tratamento traria um rumo adequado para o esgoto e, naturalmente, diversas melhorias relacionadas ao meio ambiente e à saúde em Panambi. A água poderia ser reaproveitada reduzindo o consumo, deste recurso, em situações que dispensam o uso de água potável. De acordo com Jorge Lopes de Albuquerque, agente administrativo auxiliar do escritório da Corsan em Panambi, ao passar pelo processo realizado em uma estação de tratamento de esgoto, a água retorna ao meio ambiente praticamente livre de impurezas: “Ela não seria própria para consumo humano, é claro, mas poderia tranquilamente ser utilizada em açudes de criação de peixes, em banhados, rios, riachos… Há lugares que criam peixes com essa água tratada, como ocorre em Passo Fundo, por exemplo”, explica Jorge.

Projetos já foram cadastrados pela estatal gaúcha - Segundo, ainda, a nota explicativa repassada pelo prefeito, depois de a concessão ter sido renovada, a Corsan está habilitada a firmar o convênio com a Fundação Nacional de Saúde - Funasa, para o repasse, por parte do governo, da verba de R$ 700 mil, a serem aplicados na elaboração do projeto técnico para a rede de esgoto de Panambi. A estatal gaúcha, também está habilitada a, depois desse processo, firmar o convênio com o Ministério das Cidades, para o repasse de aproximadamente R$ 18 milhões, destinados à realização da obra. Esses processos já foram cadastrados pela própria Corsan, com o aval da administração municipal, que participou das requisições feitas ao governo federal.

Por Murian Cesca

Com a construção de uma hidrelétrica em Alecrim, muito dinheiro vai rolar na região. Mas ao mesmo tempo fará com que se percam muitos recursos naturais. Afinal, a conquista é boa ou não?

Há alguns meses foi confirmada a construção da usina hidrelétrica em Alecrim. A ideia da obra não satisfaz toda população da cidade e das cidades vizinhas. Esse grande investimento será um ganho para a região, mas vão ocorrer perdas: ambientais, de terras, de casas, dentre outras.

De acordo com o anúncio feito pelo Ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmernann, a barragem que será construída no interior de Alecrim se chamará Panambi e terá a capacidade de gerar 1.000 megawatts. A nova usina hidrelétrica deve fazer surgir na região um lago de aproximadamente 300 quilômetros quadrados. Até o momento os investimento do projeto giram em torno de 2 bilhões de dólares.

Segundo o Prefeito de Alecrim, Nerci Ames, está sendo feito um estudo sobre os impactos ambientais decorrentes da construção. “A barragem deve ter sua construção iniciada dentro dos próximos 13 meses”, acrescenta.

A área a ser alagada poderá atingir boa parte da cidade de Porto Mauá, cuja população deverá ser rebocada. Parte da cidade de Porto Vera Cruz possivelmente também será alagada. A Eletrobrás prevê que mais de 6 mil pessoas serão atingidas pelo lago da barragem e todas terão de ser removidas.

Os empreendedores das microrregiões Fronteira Noroeste, Celeiro e Missões estão preocupados com os danos que essa obra pode causar, mas ao mesmo tempo sabem que esse investimento é importante e necessário para a região. A hidrelétrica Panambi terá a capacidade de gerar mais de 10 mil empregos

Por Vanessa Bruinsma

Coordenador do 4º Pesqueiro da Canção do Rio Ijuí, João Antônio Carneglutti, explica como funciona o festival. E fala sobre a consciência ambiental que uniu o Grupo de Arte Nativa Amigos do Rio Ijuí

O que é o Pesqueiro da Canção do Rio Ijuí?

O Grupo de Arte e Cultura Nativa Amigos do Rio Ijuí é uma amizade que surgiu há anos. Sempre tivemos a preocupação com os rios, essa grande bacia do Rio Ijuí, que é o segundo maior afluente do Rio Uruguai. Pensamos em nos reunir, fazer um encontro, de uma forma informal, chamar letreiros, intérpretes e músicos. Na verdade é um acampamento de pescaria, é a música, amizade. Nos espelhamos no Festival da Barranca de São Borja, que é um evento fechado, só para convidados.

E sobre a consciência ambiental?

Somos preocupados com o meio ambiente. Justamente por isso criamos o Grupo de Arte Nativa Amigos do Rio Ijuí. Arte Nativa, pois somos conscientes da preservação e a arte está ligada com o meio ambiente. Sempre gostamos de pescar e queríamos deixar para os nossos filhos e netos esse legado. De poder sentar à beira do rio e contemplar as belezas no nosso Rio Grande do Sul. Acreditamos que podemos levar essa consciência para a comunidade através das nossas músicas. Os cds, por exemplo, são distribuídos nas escolas, assim as crianças aprendem desde cedo sobre a preservação. Nós, como músicos, também temos esse dever, de preservar o meio ambiente.

Como acontece o Pesqueiro?

São duas noites. Na primeira noite, que é na quinta-feira, cada artista traz sua canção pré-elaborada, apresenta no palco. Ela será avaliada e as melhores serão classificadas e recebem um troféu como lembrança, como “recuerdo”. Na noite de sexta-feira, por volta das 23 horas, damos o tema do Pesqueiro. No sábado às 20 horas a canção tem que estar pronta. O nosso grupo tem essa característica de não só fazer festa, porém de fazer uma provocação. Fazer refletir.

Quais temas já fizeram parte do evento?

Nascemos no primeiro Pesqueiro falando das nossas origens, das nossas raízes. Ijuí como uma terra de mais de 12 etnias, chegaram pessoas de todo mundo construir esta comunidade e beber desta água. O segundo foi “O Discurso da Palavra”, a prática da palavra, aquilo que eu digo e aquilo que eu faço. No ano passado foi a “Evolução”, mas com questionamento, o que é a evolução? Para uns é construir prédios, automóveis mais modernos. Para outros é o equilíbrio da vida, a qualidade do corpo, da alma. Alguns falaram do conceito evolutivo da vida.

É só para os ijuienses?

Não. Temos amigos que vêm de Santa Catarina e do Paraná, além de cidades da região e da fronteira.

E os jovens participam?

Nós valorizamos muito os jovens. Tem alguns que começaram pequenos, no canto mirim, em Santo Ângelo, e vieram para nosso Pesqueiro. Muitos deles acabaram vencendo outros festivais. Existe o princípio da integração, pois muitas vezes os participantes precisam de outros integrantes do Pesqueiro. Um gaiteiro, um cantor, ou outro recurso que o ajude a arranjar a música.

Seria pouco tempo para compor?

Os participantes têm cerca de 20 horas para ensaiar e deixar a música pronta. Esse é o desafio, e o homem tem essa capacidade da diversidade.

Como os interessados podem participar?

O evento ocorre em maio, são quatro dias, junto à Sede dos Funcionários Municipais, na RS 155. Reiterando que é um evento fechado, só participam convidados. A intenção é trazer quem tem vocação para a música, se abrirmos pode dispersar a do verdadeiro espírito do Pesqueiro. É um ambiente de acampamento, predominantemente masculino, não por preconceito a mulher, mas para deixar os participantes à vontade. João Chagas Leite compôs uma música que se refere a esses festivais de barranca, são oportunizados para que os jovens talentos possam criar obras que depois possam ir para as escolas e comunidade em geral, discutir a nossa temática.

Como foi o 4º Pesqueiro?

O lançamento ocorreu no dia 16 de abril. De 12 a 15 de maio, nos reunimos próximos da RS 155, perto da ponte sobre o Rio Potiribú. O evento reuniu diversos cantores, compositores e músicos. O tema que escolhemos foi “Vida”. Agora reunimos os vencedores do Pesqueiro e lançamos o CD.

Por Taís Machado

Edição Gislaine Windmoller

O ambientalista são-luizense José Alberto Pinheiro Vieira é o presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Piratini e tem presença constante nos assuntos relativos ao meio ambiente e sua preservação. Com a valorização dos recursos hídricos e a preocupação quanto à poluição e desperdício de água, ele fez uma análise do gerenciamento desses recursos no município de São Luiz Gonzaga e aponta peculiaridades e previsões para a qualidade da água dos rios e afluentes da região das Missões.

Em São Luiz Gonzaga, o seu trabalho de conscientização e preservação do meio ambiente é bastante conhecido. De onde surgiu o interesse no assunto?

Por volta de 1997, quando fui secretário de Administração de São Luiz Gonzaga, tive contato com eventos e atividades que ilustravam a crescente preocupação com os recursos naturais. Como na época o assunto era pouco abordado, comecei a pesquisar e coletar dados sobre a situação da fauna e da flora no município e região. Após analisar a falta de saneamento da cidade, nos deparamos com alguns problemas que atrasavam a sua instalação efetiva: além da necessidade de realizar um projeto detalhado para entregar para a concessionária dos serviços de água e esgoto, faltava educação ambiental junto à comunidade. Era comum avistarmos pessoas morando próximas a um arroio jogando dejetos nas suas margens.

Mas o que pode ter levado as pessoas a terem esse comportamento?

Uma das causas é, sem dúvida, a ocupação desorganizada do espaço. Há cerca de 50 anos, São Luiz estava em fase de desenvolvimento. A Prefeitura, na época, lançou uma campanha de expansionismo da área urbana, utilizando-se, para isso, de locais próximos ao leito de açudes, riachos e nascentes, hoje, conhecidas com Áreas de Preservação Permanente (APPs). Apesar da intenção, o desenvolvimento não ocorreu como o previsto, tornando essas áreas como periferias do município, onde, hoje, até a manutenção de vias públicas é rara. Eu notava isso quando trabalhava na Prefeitura: as pessoas chegavam com reivindicações de melhorias quanto ao abastecimento de energia elétrica e água. Porém, nunca exigiam o saneamento. E o saneamento básico, com o abastecimento do esgoto, é imprescindível para a qualidade de vida.

E a falta de saneamento nesses locais pode comprometer a saúde de seus moradores?

Se olharmos para as comunidades que vivem nas áreas pobres da cidade, constataremos que todos os locais são cortados por riachos e canais de transporte de resíduos, os chamados “esgotos a céu aberto”. Se examinarmos, grande parte das pessoas está com a saúde deficitária, pois é grande a incidência de desidratação, em decorrência de males advindos de água sem tratamento, além de vermes e contaminação por meio de pescados. Após estudos realizados no município, mapeamos o curso de rios e a vazão d`água de nascentes. Como todas as vilas e bairros foram construídos “recortando” esses cursos, a água encontra uma maneira de seguir seu caminho. Por isso, é normal encontrarmos locais completamente inundados em época de chuvas, em decorrência da grande concentração de cursos de água que se encontram e desembocam nos lugares mais baixos.

Como você, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piratini, avalia a questão da água no mundo? É provável que o Brasil se beneficie com a necessidade mundial pelo recurso, uma vez que o possui em abundância?

Essa questão é, no mínimo, curiosa. Sabemos que nosso país possui o sistema Guarani, o qual é constituído de alguns lençóis freáticos, como o Aquífero Guarani. Em São Luiz Gonzaga, estamos a cerca de 90 metros deste aquífero. Se algum proprietário de terra perfura um canal de acesso a este lençol d`água, ele precisa apresentar algumas determinações para o seu usufruto, junto aos órgão competentes. Após, é delimitada uma área de cerca de 500 metros ao seu redor para sua utilização. Então, algum dia, é certo que o poder de barganha por uma área localizada em terras tão próximas desses lençóis d`água irá valer muito.

E por que não está sendo feita a venda desses recursos no Brasil para países mais pobres?

A venda massificada, que contaria com a extração feita por indústrias, ainda é cara, e, por isso, não compensaria sua exportação. Além do que, o equilíbrio natural seria afetado, pois estaríamos retirando o líquido de um local para outro, impedindo seu ciclo contínuo. Porém, somos conscientes de que isso pode acontecer. A água, com certeza, será a principal questão mundial a ser discutida nos próximos anos, e sua manutenção deverá ser feita com conscientização de nós, consumidores, e alheia a interesses financeiros. No entanto, sabemos que essa última questão já existe há muito tempo.

Por Emerson Scheis

Edição Gislaine Windmoller

Considerando o problema da qualidade de água potável no planeta, o doutor em Economia Internacional, Argemiro Luís Brum, reflete sobre a utilização dos recursos hídricos na indústria, agropecuária, além das formas de gestão para evitar o seu desperdício.



Qual a porcentagem, em média, de água utilizada para fins domésticos, indústrias e agropecuários?

Brum - Há poucos anos, 70% da água existente era utilizada na agricultura, para irrigação. Outros 15% seriam para a indústria e o restante para uso doméstico e comercial, porém, sem percentagem de cada um. Atualmente, a agricultura irrigada ocupa 17% das terras aráveis do planeta, sendo responsável por 40% da produção mundial de alimentos. Estima-se que, até 2025, a atividade agrícola, com uso da irrigação, irá crescer de 20 a 30%. No Brasil, calcula-se que 50% da água captada para uso são destinados para irrigação, em apenas 5% da área total.

Qual a parcela de responsabilidade da agropecuária na contaminação das águas?

Brum - Acredito que os centros urbanos contaminam muito mais a água do que o meio rural e as práticas agrícolas nos dias de hoje. Na verdade, se fala muito de poluição no meio rural e se esquece de verificar o problema nos centros urbanos, onde o desperdício é grande, a poluição é constante, e não há praticamente tratamento algum sendo feito na maioria das cidades.

Há desperdício de água por falta de investimentos em manutenção, fiscalização e falta de atualização de redes antigas de abastecimento de água para impedir vazamentos, por exemplo. Qual é a quantidade de água que o Brasil perde com esse desperdício?

Brum - Cerca de 30% da água tratada perdem-se em vazamentos pelas ruas. A cidade de São Paulo desperdiça 10 m³/s de água, o que daria para abastecer cerca de 3 milhões de pessoas diariamente. Sem falar nos hábitos culturais inadequados, como deixar a torneira da pia aberta, tomar banhos intermináveis ou lavar calçadas com jatos de água. Pelas contas do Ministério do Planejamento, perdem-se até 40% dos 10,4 milhões de litros distribuídos anualmente pelo país.

Com medidas de gestão e investimento, quanto poderia ser recuperado destes gastos?

Brum - Embora não tenha os números, é evidente que uma boa gestão, investimentos adequados e controle efetivo sobre o uso da água poderiam reduzir em muito tais gastos. Países de primeiro mundo, conscientes do problema, chegam a reduzir tais gastos em até 95%.

Em sua opinião, quais as ações necessárias para que toda a população tenha acesso à água potável e para que os padrões de poluição diminuam?

Brum - Investimentos públicos constantes e maiores na área, educação e conscientização da população, além de organização da sociedade para que a mesma crie sistemas eficientes de redução da poluição em casa e nas empresas, não esperando, somente, a solução por parte do governo do estado.

Por Deisi Fabrim

O Comitê do rio Ijuí trabalha na realização de encontros que visam o Enquadramento de regiões do rio.

Nas oportunidades são apresentados diagnósticos da bacia. E a partir da análise deste estudo, são escolhidas algumas regiões do rio para que seja feito o Enquadramento pelo Comitê. O diagnóstico também é usado pelo grupo para ter conhecimento do que pode ou não ser feito nas águas do rio.

O evento foi organizado e coordenado pela APARP (Associação de Proteção Ambiental Amigos do Rio Piratinin), Prefeitura e Câmara de Vereadores de São Luiz Gonzaga, os quais destacam que a presença da sociedade é importante para que se decida o futuro das águas do Rio Ijuí.

O estudo

O Plano de Bacia foi realizado através de um Processo de Enquadramento desenvolvido pela PROFILL Engenharia e Ambiente LTDA, contratada pelo Estado por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e fiscalizada por uma Comissão de Acompanhamento formada pelo Departamento de Recursos Hídricos (DRH-SEMA), pela Fundação de Proteção Ambiental (FEPAM) e pelo Comitê Ijuí.

Esse plano é um dos instrumentos previstos na Legislação de Recursos Hídricos. A partir dele são definidos os objetivos para o futuro das águas da bacia. O Processo de Enquadramento visa estabelecer o cenário futuro da qualidade da água na bacia, com suas metas e intervenções necessárias para o alcance e manutenção desses cenários.

Por Katiúze Nonemacher

Edição Deisi Fabrim
Um recurso natural essencial à vida, também imprescindível para a beleza e saúde dos cabelos, a água. A qualidade dela é um dos fatores que pode influenciar no aspecto do cabelo na hora de lavá-los.

A água utilizada nas cidades é tratada, ou seja, passa por uma série de procedimentos que a tornam a mais pura possível para posterior utilização. Os efeitos causados pela água podem ser muitos, dependendo dos tratamentos ou procedimentos químicos aos quais os fios são submetidos. Um dos maiores perigos refere-se à presença de metais na água, principalmente em imóveis que têm encanamentos muito antigos. O chumbo, por exemplo, é um grande vilão da saúde capilar, pois dificilmente é eliminado pelo organismo e quando em alto nível pode ser absorvido pelo couro cabeludo. Entre os efeitos tóxicos mais comuns estão a quebra dos fios e descamações.
Outro inimigo do cabelo é o cloro, muito utilizado nas redes de tratamento de água para a desinfecção. Água esta que utilizamos no chuveiro. A temperatura da água também é um importante item a ser analisado quando o assunto é saúde dos fios. Se estiver excessivamente quente é prejudicial, pois abre as cutículas dos fios, fazendo com que a fibra capilar perca elementos essenciais para mantê-lo tratado. “A água quente faz com que o fio fique opaco e ainda pode provocar seborreia (descamação do couro cabeludo). Por isso, o ideal é lavar o cabelo em temperatura ambiente, iniciando com água morna e finalizando com a água fria. Isso ajuda a fechar os folículos e devolve o brilho do cabelo”, afirma a cabeleireira Aline Capeletti de Santa Rosa.
Já na piscina, encontram-se agentes químicos em quantidade bem maior que a encontrada no chuveiro. A coloração do cabelo torna-se esverdeada por conta dos pigmentos azuis do sulfato de cobre, também usados no tratamento da água. Após sofrer essas agressões, o cabelo necessita de cuidados especiais para a recuperação do fio, entre esses cuidados está hidratação e o uso de produtos a base de queratina.

Por Andressa Streicher
Edição: Deisi Fabrim

Um rio sem poluição é aquele que possui águas purificadas e cristalinas, com margens limpas para que as plantas cresçam naturalmente. Para um rio ser assim, é preciso que não se jogue lixo, nem esgoto diretamente nele. Os rios são a fonte de vida do planeta. Infelizmente, não são todas as pessoas que entendem dessa forma e consequentemente acabam prejudicando esse recurso natural de diversas maneiras, jogando lixo de todas as espécies. Com o passar dos anos, essas fontes naturais estão desaparecendo, devido à extração de terra e assoreamento através do lixo em excesso. A cidade de Santa Rosa sofre com esta problemática, pois o Rio Pessegueirinho que costeia determinados bairros é vítima dos moradores próximos a sua margem. Por isso, a Prefeitura Municipal, juntamente com algumas entidades, realizam projetos de limpeza e preservação do rio, principalmente para evitar enchentes. O secretario do meio ambiente de Santa Rosa, Luiz Girardon, esclarece algumas questões voltadas ao assunto.

O rio Pessegueirinho tem cerca de 7 quilômetros de extensão. Nesse curto espaço, há poluição no rio?

A poluição pode ser considerada de várias formas, não há como definir em dados estatísticos a porcentagem de poluição. Basear-se na portaria 518 do Ministério da Saúde para água potável ou basear-se na resolução 357 (CONAMA) para efluentes. São vários parâmetros que devem ser analisados.

Quem são os responsáveis pela poluição do rio?

Geralmente, os locais afetados pela poluição sofrem agressões dos próprios moradores da cidade, que indevidamente despeja efluentes nocivos ao corpo hídrico. O que, quando chove, provoca algumas enchentes.

O que é realizado pela prefeitura a fim de evitar enchentes na cidade?

Desde o ano de 2009 realizamos ações para evitar enchentes, entre elas o desassoreamento do rio. O objetivo é aumentar o escoamento da água e evitar a poluição e enchentes. Existe um projeto em andamento de construção de redes de coleta do esgoto sanitário isto fará com que todo o esgoto doméstico não seja mais despejado no rio. Processos de conscientização são outros aspectos e ocorrem em conjunto com a população e empresas. Existe um projeto que prevê que até 2019 todo esgoto da cidade será coletado e tratado.

Como é feito o tratamento de esgoto na cidade? Qual é o destino do esgoto não tratado?

O esgoto é lavado até a Estação de Tratamento de Esgoto onde é tratado e devolvido corretamente ao rio. Boa parte da cidade possui sistema fossa séptica + sumidouro/filtro anaeróbio, porém em pouquíssimos casos os sistemas são dimensionados corretamente. Vale ressaltar que esse sistema é eficaz e normalizado pela ABNT. Outra boa parte da população liga seus esgotos domésticos à rede de drenagem pluvial onde o mesmo é carreado até os rios da cidade.

O que poderia ser feito pela população a fim de colaborar com a preservação do rio?

Conscientização e principalmente educação. O meio ambiente consiste em um direito difuso, então cada dano que um indivíduo causa estará afetando toda a população presente e até os que não nasceram ainda que (entende-se) não poderão conviver em um sistema natural adequado. Tudo se resume em educação e bom senso.

Por Andressa Streicher

Edição Gislaine Windmoller


A preocupação com a iminente falta de água traz consigo o surgimento de novas formas de preservá-la, pensar na chuva como água potável é uma alternativa que deve ser refletida de acordo com o contexto onde será consumida.

Nas zonas rurais e nas florestas, a água da chuva é bem mais limpa que a das capitais e outros centros urbanos de grande porte. Na cidade, os poluentes nela contidos prejudicam bem mais o aparelho respiratório, pois o problema maior está mesmo no ar que respiramos, uma vez que a chuva ajuda a diluir a poluição presente na atmosfera.

Segundo o escritor Fernando Kitzinger Dannemann, em palestra proferida no 2º Fórum Mundial da Água de Chuva, o vice-presidente da Associação Internacional de Sistemas de Captação de Água de Chuva, João Gnadlinger, declarou que a captação de água da chuva vai trazer uma contribuição importante para resolver a escassez da água no futuro. “Pelo menos durante três milênios, pessoas pelo mundo inteiro captaram água de chuva para uso doméstico, para os animais e a agricultura. Com o advento de grandes e centralizados sistemas de fornecimento de água, a captação de água de chuva começou a ser negligenciada, apesar do uso intensivo de energia não renovável e de sérios problemas ambientais”, declara o vice-presidente.

A captação de água da chuva pode ser tão simples como uma pequena barragem que impede a água de escoar de uma ladeira ou tecnicamente avançada, como um reservatório que capta água de chuva para beber ou para a agricultura. Ela oferece uma riqueza em possibilidades para países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Por Kassieli de Mello

Edição Andressa Streicher

Como o município de São Luiz Gonzaga está se preparando para agir contra a dengue após cenário de epidemia ocorrido no início do ano

A cidade de São Luiz Gonzaga presenciou um clima de tensão no início deste ano. A causa: dengue. Em fevereiro, o município ganhou destaque em nível estadual quando dois de seus moradores foram diagnosticados com dengue, sendo a primeira cidade do estado no ano a apresentar casos de pessoas que contraíram a doença.

Estado de sítio - Nos meses seguintes, o Poder Público e os órgãos ligados à Saúde no município realizaram diversas ações no intuito de controlar a epidemia e combater os focos do mosquito Aedes aegypti. Foi criado o Gabinete de Crise de Combate à Dengue, em conjunto com o Comitê de Combate à Dengue, já existente no município. As reuniões semanais do Gabinete e do Comitê informavam a população sobre os avanços das ações e a situação dos casos notificados.

Também foi usado inseticidas em diversas residências pertencentes a quarteirões notificados com focos do mosquito. Além disso, o exército auxiliou no trabalho de combate à dengue, visitavam cada casa no intuito de orientar os moradores a eliminar possíveis fontes de proliferação do inseto.

Enfim, o controle da dengue – Na metade do ano foi divulgado que a dengue estava controlada no município, com mais de 90 casos notificados e 11 casos confirmados da doença, sendo, destes, dois autóctones (quando a doença é contraída fora do município) e nenhum óbito.

Agora, com a chegada do clima quente, novamente o assunto retorna à pauta no município. No entanto, segundo o presidente do Comitê de Combate à Dengue, Antônio Sérgio Pacheco, “o trabalho contra o Aedes aegypti continuou durante todo o ano, mesmo em períodos frios, pois, de certa forma, o mosquito sobrevive, devido às oscilações de temperatura presenciadas neste período”.

O trabalho continua – O Comitê segue estudando formas de controlar os focos do mosquito, contabilizados, desde o início do ano em 664 focos. No entanto, os órgãos ligados à Saúde estão enfrentando dificuldades em obter recursos junto à Secretaria Estadual da Saúde. De acordo com Pacheco, foram elaborados documentos solicitando ao secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, o repasse de recursos para manter o serviço e aumentar as contratações de agentes de forma a atender às exigências do Estado, que enfatiza o número mínimo de 14 agentes em municípios da mesma proporção de São Luiz Gonzaga. Atualmente, o município conta com oito agentes da Secretaria de Saúde local incumbidos de visitar residências e notificar e eliminar focos do Aedes aegypti.

Aprendendo a lição no combate à dengue

Embora São Luiz Gonzaga tenha presenciado um cenário de apreensão na primeira metade do ano, Pacheco salienta que “aprendemos com a experiência”. Para ele, “todo o trabalho desenvolvido, muitas vezes, às pressas, em razão da urgência da situação, permitiu que avaliássemos a melhor maneira de empreender ações visando ao controle da doença. Como agora, os recursos foram mínimos durante o período de crise; então, iremos procurar trabalhar de forma objetiva no combate à dengue neste novo período que agora chega, com o advento do verão”, ressaltou.

Cooperação - Como forma de contribuição no trabalho dos agentes de campo, o Comitê espera a ajuda dos moradores do município com atitudes que possam ser desenvolvidas no controle da proliferação do mosquito, e, consequentemente, da doença. Para isso, a comunidade precisa estar atenta a todas as informações veiculadas pelos órgãos de imprensa quanto à questão da dengue, e, principalmente, fazer a sua parte: “Se cada um desenvolver, na sua rotina, atitudes como evitar deixar garrafas, pneus e potes jogados ao ar livre, e mantiver seus quintais limpos, a batalha contra o mosquito poderá ser facilitada para os agentes de saúde”, ressalta.

Desde novembro as ações contra a dengue estão intensificadas no município, devendo ser amplamente divulgadas pelos veículos de comunicação como forma de conscientizar e mobilizar a comunidade são-luizense no combate ao mosquito Aedes aegypti.

Previna-se

- Evite água parada em potes, garrafas, pneus etc;

- Esvazie e escove paredes internas de recipientes que acondicionam água;

- Tampe caixas de água, cisternas tambores e barris com água;

- Fure ou elimine pneus velhos;

- Guarde garrafas com os bicos para baixo, para não reter água;

- Limpe sempre as calhas de telhados e de marquises, não permitindo o acúmulo de água;

- Use desinfetantes e água sanitária em ralos e na limpeza geral;

- Quando houver riscos de transmissão, use sempre o repelente.


Por Emerson Scheis



Há dez anos, Leonel Brezzolin é responsável pelo tratamento de água em Panambi, Condor, Pejuçara e Santa Bárbara do Sul. Muita coisa mudou nesse tempo; segundo ele, para melhor. A grande maioria da população já está consciente, mas é a minoria que sempre faz os estragos. Apaixonado pelo seu trabalho, Leonel apresenta a unidade de tratamento da água da Corsan em Panambi.

- A água em Panambi é captada do rio Fiúza. Sem tratamento de esgoto, o rio também é o destino dos dejetos. Como a água chega até a unidade da Corsan?
Leonel - Onde nós captamos a água, ela não é tão suja e poluída. Quando entra aqui na unidade, nós precisamos fazer a clarificação e a desinfecção com cloro para eliminar as bactérias. Nós ainda adicionamos flúor à água, para tratar a cárie dentária.
- Mas, e depois, o que vocês fazem com a sujeira que foi retirada da água?
Leonel - Aqui, a água é tratada; após, os restos voltam para o Fiúza. A gente sabe que não é o mais indicado, mas tem um projeto sendo elaborado onde existe a previsão de fazer um espaço de decantação dessa matéria orgânica. Vai existir um depósito e a gente vai poder reaproveitar e dar o destino correto para os restos.
- E nessa captação, qual o nível de coliformes que se encontra na água?
Leonel - Na verdade, como nós captamos a água antes de ele entrar na cidade, pegamos poucas moradias que depositam o esgoto no rio. Claro que a gente encontra coliformes, mas nos últimos dez anos o número reduziu consideravelmente. O rio já foi muito mais poluído, hoje já está bem melhor.

- Você quis dizer que praticamente não existe poluição na captação?
Leonel - Tem sim, é difícil encontrar uma água totalmente limpa, mas é um nível aceitável, pois conseguimos tratá-la. A água passa por dois bairros em Panambi – e, diga-se de passagem, são bairros que parecem mais com favelas – onde nem há previsão de tratamento de esgoto. Então, ela chega, sim, poluída até aqui.

- O plantio direto também contribuiu para a diminuição da sujeira no rio?
Leonel - Com certeza. Tanto que a quantidade de produto que a gente usava na água para clarificação caiu pela metade. A lixiviação – que é como uma lavagem de terra pelas lavouras, que a carrega para os rios – não acontece mais, e, quando acontece, é bem fraca. O homem é inteligente – e isso é uma prova –, pois o plantio direto na palha nas lavouras ajudou muito. Um motivo é que não vem mais tanto barro para o rio, outro é que os venenos e adubos que são usados ficam na lavoura também. Antes tudo isso ia para o rio – o que gerava uma grande poluição.
- Então, a água do rio Fiúza ainda pode ser consumida?
Leonel - Tranquilamente. Mas claro que não dá pra pegar um copo e beber direto do rio, muito menos na nascente. É engraçado, mas antigamente faziam isso, pegavam água direto do rio. Ficam falando por aí que nós, da Corsan, enchemos a água de produtos que causam doenças e daí preferem beber água direto da fonte – um grande erro. Só que as pessoas estão mudando seus pensamentos, estão tomando mais cuidado. Acredito que finalmente estão se conscientizando.


- Então não podemos dizer que existe água 100% pura?
Leonel - Eu não acredito que possa existir. Sem uso de cloro, eu acho muito difícil. Hoje em dia, toda água deve ter tratamento, praticamente não se encontra mais água pura. A nascente precisa estar bem protegida, com mata; não pode chegar animais até lá e até mesmo com o manuseio se pode contaminar. Eu não tomo água tirada de um lugar que eu não conheço a procedência e que as pessoas dizem que é pura.

- Há pouco, o Globo Repórter apresentou uma reportagem mostrando que, no nordeste, as pessoas enchiam garrafas PET com água e as colocavam em cima de suas casas, pois assim, com o calor do sol, elas ficariam puras. O que o senhor acha disso?
Leonel - Isso é uma multiplicação de bactérias! Eles dizem que não tem nenhum problema, mas a gente, que tem um pouco mais de conhecimento nessa área, sabe que é uma baita bobagem! Eu não sei se tomaria aquela água, só pra não morrer de sede mesmo! Isso é uma prática comum lá no nordeste. E por isso, volta e meia, estão com diarréia, devido à contaminação da água. É muito perigoso! Água, hoje, tem que ser tratada para poder ser consumida.

Por Gislaine Windmöller
A água é um bem precioso para toda a humanidade, no entanto, este recurso natural não tem sido cuidado conforme sua real importância. As atitudes de grande parte da população confirmam este descaso, levando profissionais preocupados com esta situação a preverem uma iminente escassez.
O economista Oclides Deon, da cidade de Passo Fundo, realiza consultoria para sete municípios e, através de dados e justificativas, fala sobre a necessidade de medidas urgentes que visem a utilização da água de maneira sustentável.

Como economista, você acredita que a escassez de água pode ser um problema para nosso país, que tem cerca de 14% de toda a água doce que circula pela superfície da Terra?
Deon: Os problemas da água não atingem somente nosso país. Este é um problema que já está em escala global. Não há país no mundo que, hoje, não pense nas consequências que a escassez da água pode trazer. No território brasileiro escorrem cerca de doze mil rios – mais de 70% deles dentro da bacia Amazônica, formando doze bacias hidrográficas e, em seu subsolo, dois aquíferos: Guarani e Alter do Chão, que guardam quase 120 mil quilômetros cúbicos de água.
Nossa civilização reluta em se desfazer do mito da infinita generosidade do planeta Terra. Somente através de uma utilização consciente e sustentável da população, não só do Brasil como de outros países, será possível modificar esta grande crise, que ainda é iminente.

Como o aumento populacional pode ser considerado um fator implicante na redução de água potável por pessoa?
Deon: Atualmente o volume médio de consumo de água pelo brasileiro é de 132 litros por dia. O número de 83 milhões de pessoas adicionais no planeta por ano mostra que é hora de mudarmos os critérios de uso. Começando por uma nova organização na quantidade de água consumida pelos brasileiros, estabelecendo números que venham a ser divulgados através de uma campanha de conscientização.

Que tipo de energia renovável você considera um bom investimento para nosso país? Usar a água como tal não seria uma forma de antecipar sua escassez?
Deon: A China e Estados Unidos estão entre as nações que mais investem atualmente em energia eólica. No Brasil, o cenário é promissor. Os ventos constantes em vários pontos do país e a economia emergente atraíram representantes de empresas estrangeiras fornecedoras de equipamento. Como efeito, 70 novas usinas foram encomendadas em agosto de 2010.
A Agência Nacional de Energia Elétrica aponta para um potencial total de geração no setor de 143 mil megawatts/hora (quase uma vez e meia o consumo nacional), com base em medições da velocidade do vento. A utilização deste recurso seria o suficiente para o abastecimento sem impacto ambiental que as usinas hidroelétricas proporcionam.
Quais medidas financeiras você considera viáveis ao nosso pais para desacelerar a escassez, considerando a quantidade de água que possuímos?
Deon: Tendo em vista que o cenário econômico favorável prevê que, em duas décadas, o consumo de energia será maior que 1.080 tera/watts, o Brasil terá que lidar de forma mais direta com o eterno conflito entre desenvolvimento e problemas ambientais. Com a situação se agravando, a mudança nos hábitos de consumo terá de ser radical.

Você acha que pode haver conflitos com os outros países devido a escassez?
Deon: Água: esse será um dos principais motivos que levarão países e grupos armados a entrarem em conflito nos próximos 25 anos. O secretário-geral da ONU, Ban-Ki-Moon, já divulgou em artigo publicado que em 46 países, onde vivem 2,7 bilhões de pessoas, há alto risco de crises relacionadas à água provocarem conflitos violentos.

Como pode ser explicado o fato de o país ter a maior bacia hidrográfica do planeta e ser abençoado com chuvas tropicais abundantes, mas mal dar conta de abastecer sua população?
Deon: O recurso mais valioso do Brasil é sua água, que será fonte de prosperidade. O grande problema é a distância que nos separa do uso sustentável deste recurso natural. Todavia, já existe tecnologia para alcançarmos um futuro sustentável, o que nos faltam são atitudes conscientes.

Você acredita que as autoridades do Brasil estão realmente mostrando preocupação com a falta de água?
Deon: Não deve ser somente de responsabilidade das autoridades do Brasil, a população deve ser consciente quanto à utilização racional da água potável e no controle do lixo urbano. Muita gente no Brasil ainda usa os rios como lixeiras, descartando tanto embalagens vazias como entulhos, móveis, pneus e até mesmo veículos inteiros.

As taxas cobradas em nosso país, no que se refere à água e esgoto, são adequadas?
Deon: No Brasil cometemos um erro grave: o cidadão que tem esgoto tratado paga mais para a companhia de saneamento. Aplica-se ao esgoto a mesma lógica aplicada a água, e não é assim. Abastecimento de água é um serviço cujo beneficiário é o individuo. A coleta e o tratamento de esgoto são o serviço cujo beneficiário é a coletividade. O tratamento tarifário de um não pode ser o mesmo de outro. Nós induzimos as pessoas a não pensarem no coletivo e temos que corrigir isso.

Por Kassieli Melo
Uma das principais fontes de alimento da humanidade, as plantas agrícolas têm uma relação especial com a água, pois, sem água, as espécies agrícolas não produzem e nem sequer se desenvolvem. A Engenheira Agrônoma e professora da UNIJUÍ Cleusa Biachi Krüger fala a seguir sobre a importância da água para as plantas da agricultura.

Qual a principal importância da água para as plantas agrícolas?
Cleusa: A água é o principal constituinte das plantas, participando de vários processos bioquímicos, nos quais a planta transforma diversas substâncias em carboidratos e oxigênio. A água faz o transporte de sais e nutrientes do solo para todo corpo da planta, então a água é indispensável para manter a vida das mesmas, formando assim, folhas, frutos e sementes.

Como funciona a distribuição de água nas plantas da agricultura?
Cleusa: A água no solo vai ser armazenada levando em consideração as características físicas e tipo de solo, condições da atmosfera e clima. Exemplificando: em dias de inverno, o consumo de água é menor pelas plantas, pois a temperatura do ar tende a ser menor que a temperatura do verão, o que faz com que as plantas evaporem menos água, ao contrário do que acontece no verão.
Na maioria dos casos as plantas absorvem água pelas raízes, retirando-a do solo e a conduzindo-a por suas estruturas, utilizando essa água nas suas diversas reações e liberando-a para a atmosfera.

Existe diferença de uma planta para outra sobre a quantidade de água necessária para a sua sobrevivência?
Cleusa: Existem diferenças em relação à espécie de planta, se elas são hidrófitas, (crescem em condições de solo alagado, como por exemplo o arroz cultivado aqui no RS), mesófitas (crescem em condições de umidade de solo médias, sendo estas a maioria das plantas da agricultura – soja, milho, feijão etc) ou xerófitas (se desenvolvem em regiões de solo e clima secos - são as cactáceas exemplos desta planta).
Tudo isso está relacionada a adaptações existentes na estrutura celular das plantas, que determinam esta condição de crescimento e desenvolvimento.

A água é capaz de transportar nutrientes para as plantas? Como funciona?
Cleusa: O transporte de água se dá primeiramente através do solo, onde os nutrientes estão em maior concentração. A água dilui esses nutrientes, que são absorvidos pela planta junto com a água.

Qual a quantidade de água necessária para as plantas da agricultura?
Cleusa: Como falei anteriormente, depende da espécie das condições de ambiente e do tipo de solo. A soja necessita de mais água que o milho, principalmente em vista da quantidade de folhas que esta espécie possui. Porém, o milho tem uma necessidade de água mais pontual, em um período mais curto de tempo. O que ajuda a entender porque que em anos de estiagem a cultura do milho tem grandes perdas de rendimento.

Como funciona a irrigação e qual a sua importância?
Cleusa: A irrigação é como uma chuva artificial. Ela deve ser feita de acordo com a necessidade das plantas, seguindo critérios de espécie, fase de crescimento/desenvolvimento, condições de solo e clima.
Deve ser muito bem manejada para que não ocorra desperdício de água e para que não ocorra contaminação da água em córregos e rios. A importância da irrigação reside no fato de que em alguns locais não é possível a produção de alimentos sem ela, pois a água da chuva não é suficiente para atender a certas culturas.

Existe diferença entre irrigação e água da chuva?
Cleusa: Sim. Na irrigação se consegue colocar a quantidade de água mais próximo da necessária para a planta, enquanto pela chuva, muitas vezes o volume precipitado excede ou é menor que a quantidade necessária para as culturas em desenvolvimento.
Cabe aos agrônomos dimensionarem a necessidade de emprego da técnica de irrigação para que a produção de alimentos esteja garantida em condições de estresse hídrico, porém sem perder de vista que a água é um bem de todos, devendo ser cuidada e empregada com o maior critério possível a fim de garantir a vida para as gerações futuras.

Por Vanessa Bruinsma

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A água é de fundamental importância para a vida de todas as espécies, por meio dela ocorre o funcionamento de nosso organismo.



O corpo humano é composto por 60% de água. Este liquido é distribuído no interior das células, entre os tecidos, circulando pelas veias e artérias para ajudar na formação do sangue. A água participa da formação de parte de todas as secreções glandulares do corpo humano, gerando líquidos que podem ser visto comumente em nosso dia-a-dia: a saliva, o suor, a urina e a lágrima.
Uma pessoa que consome cerca de 2 litros de água por dia, será menos suscetível a doenças e problemas no aparelho digestivo e urinário. Além disso, a água é um embelezador natural, por meio de seu consumo pode se manter um corpo sempre bem hidratado e uma aparência mais jovem com pele e cabelos mais saudáveis. “Mantenha sempre ao seu lado uma garrafa de água para aumentar seu consumo diário e manter sua hidratação adequada. E lembrando que, refrigerantes, sucos e outras bebidas não possuem a mesma função da água”, esclarece a nutricionista Karina Ribeiro Rios, mestre em Ciências da vida.

A água é sinônimo de vida, não só, para o ser humano, ela é fundamental para a espécie animal. Números conhecidos mundialmente revelam que as aves possuem um teor de água aproximado de 70 a 85%, 65 a 70% no corpo de um mamífero e até 95% nos invertebrados marinhos. De acordo com a espécie e o tipo de exploração, os animais têm as suas necessidades diárias de água. “Por exemplo, o bovino de corte, consome de 26 a 66 litros/dia; vacas leiteiras 38 a 110 litros; vacas em lactação até 140 litros; cavalos 30 a 45 litros, égua em lactação até 57 litros. Por isso deve-se ter grande cuidado com vacas em lactação, pois quanto maior a produção, maior será o consumo de água”, explica Amaro Fritz, produtor rural, proprietário da vaca holandesa vencedora na Feira de Agronegócios, em Ijuí.

Por Taís Machado
Edição: Kassieli de Mello